Poeta de nada
Poeta de nada
Eu sou um poeta de nada
que vive perdido no mundo
Dormindo em todas as praças
Vagando por cantos imundos
Eu sou um nada , triste,ora louco
errante em noites vazias
com sentimentos sempre toscos
na contramão da alegria
Eu habito o quase e o abstrato
no mergulho ébrio ao mistério
Na fuga constante do chato
Cada vez menos sério
Mas eu sei que o que vale de fato
é nunca ficar de sonhos estéril