“Trancos e barrancos”
(Luiz Henrique)


Vivo permanente mentira, gravitando na ilusão
Afirmando a mim mesmo que a vida está normal
Na vã expectativa de passar a todos a impressão
De que te amar me faz bem - em verdade faz mal

Tenho às vezes vergonha de admitir
Quanta insônia me custa dar asas à essa paixão
É muito ruim - se só um está a sentir
E a se dedicar com afinco para cuidar da relação

E assim aos trancos e barrancos
Vou levando não sei até quando
E se é que DEUS sabe, a mim não diz

Os passos seguem trôpegos e mancos
A única certeza - a de seguir te amando
Parecendo ao mundo - estar feliz






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