Minha Maldição
Caem as máscaras no chão
O murmúrio choroso dessa água
Desfalece como as pétalas dum botão
Revelando a cinza, o pó, o nada
Sou a nuvem negra que perdura
No céu puro, na eterna vastidão
Sou a pedra fria da sepultura
Que encerra com a dor, a união
Sou a estátua enganosa, a maldição
Quem me toca tem o coração queimado
Pela ira, pela mágoa - a viração
Sou novinha, tenho o peito amargurado
Pelos males que causei à multidão
Antes fosse, só um corpo estirado