Fundo de Palco
Nas curvas de uma vida mal vivida
Uma fagulha de esperança indecente
Rasura meus sentidos, invade minha mente
Eriçando minha pele numa sensação perdida
Atiçando-me nos percalços do desejo
Chora o luar envolvendo meu corpo
No fundo do palco tua voz é doce sopro
Explodindo na minha sede de teus beijos
O enredo da paixão descortina o trajeto
As lembranças deixam de ser meros objetos
Forjados no tempo, traçados com ínfima leveza...
Numa disputa com Ares, deus da guerra, indiscreto
Recorro a Afrodite, deusa do amor, e do sonho desperto
Das fantasias que planam da mitológica nobreza.