Charles Baudelaire
Quero fazer satânicos meus versos,
Como o nosso pai gótico fazia.
Quero transformar báculo em poesia,
Ser Baudelaire em modos tão diversos.
Sim, eu vejo nascer Flores do Mal
Nesse mundo tão gótico e sombrio
De eterno luto, gélido e tão frio,
Por isso transformava ópio em portal.
Litania Satânica me inspira,
Não sou mais o Albatroz todo confuso,
Nenhum Frankstein sem porca ou parafuso.
Em total decadência o mundo gira.
Nele o grotesco vira bela arte,
Disseca o decadente parte a parte.