MEA CULPA
Incauto coração! A mente oculta
O frio pensamento que não dera
Voz ao sentimento que houvera
Perdido n’alma, à dor de que resulta.
"Refém da solidão", a mágoa insulta
O amor. No claustroprende-se a fera
E tudo que se sente já não era
Morre no peito, est’alma insepulta.
Se pecado ‘inda tenho me confesso
Ao Pai, ao Filho, ao Espírito que é Santo
Que me sonda o viver com sua lupa
Se do homem velho agora me despeço
Reveste-se o meu ser com outro manto
Incólume que estou de mea culpa.
Incauto coração! A mente oculta
O frio pensamento que não dera
Voz ao sentimento que houvera
Perdido n’alma, à dor de que resulta.
"Refém da solidão", a mágoa insulta
O amor. No claustroprende-se a fera
E tudo que se sente já não era
Morre no peito, est’alma insepulta.
Se pecado ‘inda tenho me confesso
Ao Pai, ao Filho, ao Espírito que é Santo
Que me sonda o viver com sua lupa
Se do homem velho agora me despeço
Reveste-se o meu ser com outro manto
Incólume que estou de mea culpa.