SUSPIROS
Na doce candura da rosa virgem
Traz a essência contida no olor
Vestida de pureza de Sóror
Qual ninfa solitária... Finge.
Descaídas madeixas... Tinge
D’oiro a fronte sem cor
No ocaso cintilou rubra flor
Na alva veste que lhe cinge.
Será que existe mágoa? Será sentido?
Neste colo a desgarrar-se perdido!
Trêmulo suspiro imperceptível?
Não vê este corpo inerte... Esfinge
A turvar a visão que ora me atinge
Ah! Febril imaginação insensível.
Obra: Voo Noturno
Autora: Angela Pastana... poeta paraense.