Ausência
Não sei, se sou eu mesmo,
a seguir em solitários passos;
derradeiros descompassos
nessa caminhada à esmo.
Nem sei, se te vi outro dia,
ainda parada naquele lugar,
como se estivesse a esperar
por alguém, que ainda viria.
Não sei mais de afagos e amores,
porque são vazios esses dias;
qualquer dia desses, ausente,
não poderei conter tantas dores,
nem haverá outras poesias
que curem minh'alma doente.