O CHAMADO
O CHAMADO
Teus passos se perderam
No templo da minha ilusão
Deixaram marcas e ergueram
Escarpas íngremes no coração.
O lodo, os musgos nasceram.
Nas marcas de teus passos no chão
No vôo noturno, os sonhos entristeceram.
Deixando na ausência... Tristes gotas de solidão.
Ainda ecoa o lamento: vem amado...
A balouçar feito barco naufragado
Que treme exposto ao sabor do vento.
Mas, apenas restou um riso apagado.
A esboçar úmido, acanhado.
Na face daquela que o tinha no pensamento
Obra: Voo Noturno
Autora: Angela Pastana... poeta paraense