Soneto XXI
Da matéria seca um rio de poesias
Nas nebulosas o branco que passa
A povoar a leda inspiração lassa
Brotam de escarpadas veias as falésias.
De Psiquê os aforismos que aparentam
Moléculas inquietas da matéria
Versar sabiamente a palavra área
Termos lançados no papel completam.
Sujeito ao gênio estético que restringe
No enigma desvendado dessa esfinge
Busca a pureza do verbo mutável.
Nas amarras do texto o tênue arcano
No ambiente quase morto do decano
Na língua ante a escritura alterável.
HERR DOKTOR