MORTE DO RIO COCÓ.

Rio Cocó, majestoso foste outrora...Afora

Hoje, teus mangues morrem lentamente....Iminente

Donde somem tua fauna e tua flora....Hora

Pra salvar-te a tarefa é premente....Agüente.

A sujeira de esgotos, dejetos descem rio afora, sufocando teus cardumes, tuas matas iminentes. Às tuas margens surgem construções a toda hora e novos esgotos que agüente.

É o plástico que no Rio aflora...Devora

Os dejetos lançados permanente...Enchente

Matam vidas. Não podem ir embora!...Chora

Morto por nós de modo inconsequente...Entes

Caranguejos, aratu morrem, pois a poluição os devora. Em conseqüência, ainda temos enchente que mata. Muitos choram por seus entes...

Muitos pseudo-amantes da natureza...Pobreza

Emporcalham as tuas margens bastantes...Gritantes

Moram próximos, pela tua beleza...Malvadeza

O espírito humano de muita pobreza, que comete crimes gritantes, somente por pura malvadeza.

Mas os prédios, bem perto, do Ribeiro...Lixeiro

Hoje muitos e muitos circundantes...Pedantes

Construídos somente por dinheiro...Mau-cheiro.

A céu aberto,fizeram de ti um lixeiro, ricos pedantes, e à distância sente-se teu mau-cheiro.

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, JUNHO DE 2009