SONETO PARA ALGUÉM

CAMINHAVA PELA PRAÇA SEM FLORES

A SOLIDÃO LHE ACOMPANHAVA, PORÉM

SENTADA, SÓ, REFLETIA SUAS DORES

SEUS PEDAÇOS DE SENTIMENTOS, TAMBÉM

SILENCIOSA VASCULHAVA SEU PASSADO

DESEJANDO ESQUECER TAIS TORMENTOS

MAS O PRESENTE ERA CRUEL, ERA PESADO

DE DISABORES HUMANOS, DE ESTRANHOS MOMENTOS

LHE VIA DESFOLHEANDO AMARGAS LEMBRANÇAS

RASGANDO AS ILUSÕES DE SUA INFINITA INFÂNCIA

FITANDO AS ALARDEADAS E ANCIOSAS ESPERANÇAS

TANTO ERA O MEU DESEJO DE LHE OUVIR

SABER A SUA VIDA O QUE PERDERA E GANHARA

QUEM FIZERA SOFRER, QUEM COM SAUDADES AMARA.