Poeta nasce pronto!?
Poeta nasce pronto! Afirmam sempre, sim...
Rosas não nascem sós, do nada, sem canteiro!
Há que tratar o chão, bem sabe o jardineiro...
E com carinho e amor lançar semente enfim!
É lento o germinar...Parece nem ter fim...
A terra bem regar, cuidar do formigueiro,
Deixar o sol bater em horário bem certeiro.
E os brotos,cá e lá, esgarçam a terra assim!
Com tempo, devagar, se colhe o que semeia!
Florejam no jardim, as mais viçosas rosas,
A vida a perfumar, depois de tanta espera!
Nascemos tão iguais! O mundo é nossa aldeia!
A escrita é jardim de rosas bem dengosas...
Nascer poeta? Dom? Um mito? Ou quimera?!
Poema escrito a partir do texto proposto por Véi, na Oficina de Soneto, em 30 de junho de 2009:
Dizem já se nasce poeta.
O jardim não nasce jardim, há que se afofar e adubar a terra, lançar as sementes, esperar, e a espera é longa; há que se ter paciência, o germinar costuma ser demorado... mas urge ir regando a terra, pois de repente nasce um brotinho aqui, outro acolá, e assim continuamos regando, deixando o sol cumprir seu papel, até que um belo dia... pumba!, surge o jardim. E o jardim sabe de si melhor que qualquer crítico, costuma ser indiferente até ao próprio jardineiro, no caso, claro, quem o fez ser jardim. Bom, estamos todos no mesmo canteiro e dá pra sentir o perfume da escrita jardim, morada de flores que nos ajudam a libertar-nos, onde podemos estar imunes a convenções, rótulos e repletos de asas para voar em busca de sonhos e luz. Escrever é jardim.
Então, já se nasce poeta?
Responde João Justiniano :
Poeta nasce pronto! Afirmam sempre, sim...
Rosas não nascem sós, do nada, sem canteiro!
Há que tratar o chão, bem sabe o jardineiro...
E com carinho e amor lançar semente enfim!
É lento o germinar...Parece nem ter fim...
A terra bem regar, cuidar do formigueiro,
Deixar o sol bater em horário bem certeiro.
E os brotos,cá e lá, esgarçam a terra assim!
Com tempo, devagar, se colhe o que semeia!
Florejam no jardim, as mais viçosas rosas,
A vida a perfumar, depois de tanta espera!
Nascemos tão iguais! O mundo é nossa aldeia!
A escrita é jardim de rosas bem dengosas...
Nascer poeta? Dom? Um mito? Ou quimera?!
Poema escrito a partir do texto proposto por Véi, na Oficina de Soneto, em 30 de junho de 2009:
Dizem já se nasce poeta.
O jardim não nasce jardim, há que se afofar e adubar a terra, lançar as sementes, esperar, e a espera é longa; há que se ter paciência, o germinar costuma ser demorado... mas urge ir regando a terra, pois de repente nasce um brotinho aqui, outro acolá, e assim continuamos regando, deixando o sol cumprir seu papel, até que um belo dia... pumba!, surge o jardim. E o jardim sabe de si melhor que qualquer crítico, costuma ser indiferente até ao próprio jardineiro, no caso, claro, quem o fez ser jardim. Bom, estamos todos no mesmo canteiro e dá pra sentir o perfume da escrita jardim, morada de flores que nos ajudam a libertar-nos, onde podemos estar imunes a convenções, rótulos e repletos de asas para voar em busca de sonhos e luz. Escrever é jardim.
Então, já se nasce poeta?
Responde João Justiniano :
Ser poeta, nascer poeta... Ser o rio, ser a montanha, o mar, o céu... Ser as estrelas que navegam no além. Ser o simples pavio da candeia que luz. Ou ser infladas velas das errantes do mar, viandantes caravelas. Ser homem ser mulher... Ser animal no cio. Ser cidade, avenida e rua. Ou ser vielas? Canhões de guerra, bala... O eneite, o atavio... Tudo pode nascer prontinho e ser bem feito, se o próprio Deus nasceu de si e é tão perfeito. Mas o poeta não, desculpe,há de fazer-se. Na leitura, na escrita, e, sobre tudo, tudo, no amor há de nascer o vate, e não ser rudo. Não ser bronco no feito e nunca envaidecer-se.