Conversando com a Lua
Com a Lua, muitas vezes me pego, com ela a conversar
Procurando quem sabe, em alguma resposta dela entender
Essa minha solidão, que tanto insiste em me acompanhar
E sempre sigo, por mais que queira, sem compreender
Quantas vezes pedi a Lua, que mostrasse em sua esfera de prata
Tão radiante, tão bela, a imagem do meu amor
E conhecendo o seu rosto, quem sabe esse nó desata
Ao reconhecê-la na multidão, acabando com a minha dor
Uma vez lhe disse: “Como é bom o Sol lhe emprestar a sua luz
E viver acompanhada de muitas estrelas, feliz você que nunca está só”
Ela triste respondeu: “Todos estão muito longe, há muitos anos-luz
E continuou: “Igual a você eu me sinto só, no meio da escuridão
Ainda bem que tenho você como amigo, e contigo posso conversar”
Me desculpe Lua, eu não sabia, que com tanta companhia, também vivia na solidão