Conversando com a Lua

Com a Lua, muitas vezes me pego, com ela a conversar

Procurando quem sabe, em alguma resposta dela entender

Essa minha solidão, que tanto insiste em me acompanhar

E sempre sigo, por mais que queira, sem compreender

Quantas vezes pedi a Lua, que mostrasse em sua esfera de prata

Tão radiante, tão bela, a imagem do meu amor

E conhecendo o seu rosto, quem sabe esse nó desata

Ao reconhecê-la na multidão, acabando com a minha dor

Uma vez lhe disse: “Como é bom o Sol lhe emprestar a sua luz

E viver acompanhada de muitas estrelas, feliz você que nunca está só”

Ela triste respondeu: “Todos estão muito longe, há muitos anos-luz

E continuou: “Igual a você eu me sinto só, no meio da escuridão

Ainda bem que tenho você como amigo, e contigo posso conversar”

Me desculpe Lua, eu não sabia, que com tanta companhia, também vivia na solidão

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 01/07/2009
Código do texto: T1676186
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