SÓRDIDAS FERIDAS


Neste penar doído que perdura
É pesar sem ter crime cometido
É ver na vida só lamento e agrura
É uma desilusão sem ter olvido.

Por mais que eu queira não sentir a dor
Banindo as tristes mágoas já sofridas
Pisando sentimentos e um clamor
Permanecem as sórdidas feridas.

Quisera ver a vida simplesmente
Como quem vê as cores mais perfeitas
De um arco íris a brilhar no céu.

Mas no meu peito o pranto é tão pungente,
Que as cores são mostradas rarefeitas,
No desbotado sonho de papel!

Ruth Gentil Sivieri
Enviado por Ruth Gentil Sivieri em 29/06/2009
Reeditado em 29/06/2009
Código do texto: T1673435
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