FLORES ESTENDIDAS

Despetalada lágrima; escondida,
Derrama versos na sua intensidade,
Sente-se menina; tão desprotegida!
Sob o rígido olhar da realidade.

Madrugada fria – necessidade,
De amar, ter a alma preenchida,
Entoar a leve canção da liberdade,
E ver a luz na imagem invertida.

Mas, na escuridão, a dor vem desmedida,
Parte ao meio o que nem é metade,
Retalhada ela questiona a vida.

Porque fui sorrir para a felicidade,
Abrir a porta com flores estendidas?
. . .
Desarrumou a casa, deixou saudade.