A cortina que não foi fechada...
Na cortina da noite morna e agradável,
um frio perturba as doces lembranças,
balançando-as de maneira inexorável,
e meu sofrer aumenta, sem esperanças...
Tantas noites, lado a lado, tão amantes,
eu bebia no meu cálice, que era a tua boca,
e tu respondias, com teus lábios ardentes,
palpitando, sentindo, tornando-me louca...
Nós dois éramos um único ser, fremente,
com pensamentos,querer, desejos iguais,
que ainda me provocam tanta saudade...
Porém, pensaste que o amor não era verdade,
mudaste teu jeito, e de uma forma latente,
sem dizer adeus, te fôste, e não voltaste mais...
setembro de 2008