Eterno vazio

Dentro de um vazio imenso

Prescrevo nenhum utilitarismo

Condizente a este respiro intenso

Que me concede um sismo.

Algum desdém de uma junção

Desemelhante a dois corpos enlevados,

Unidos pela força de uma emoção

Imensurável pela fraqueza de fardos...

De um peso frequente num olhar

Deslumbrante e cego por uma lembrança

Que reduz o alento para um pesar...

E arremessa a contínua bonança

De um indigente que respira ao ar

Que tu sempre me lanças.

Ricardo Miranda Filho
Enviado por Ricardo Miranda Filho em 27/06/2009
Código do texto: T1670879
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