O TRISTE CANTO DE ESPERANÇA - Pseudo-soneto
Como o escravo liberto que jubila
Como um rio que, morrendo, chega ao mar
O pássaro cantando na gaiola
Espera o seu momento de voar.
O canto, o triste canto de esperança
Aos olhos dá vontade de chorar
E no peito uma dor, uma agonia
Qual pássaro que não pode voar.
O sol se despedindo no poente
A noite deixa fria em seu brilhar
É o seu último canto na gaiola
É hora. Já é hora de voar...
A porta da gaiola põe-se aberta
O morto canta livre em seu voar...
Moses ADAM
F.Vasconcelos, 20.6.2009 – 20h25