ANJOS PERALTAS

No friso da parede segura,

Seis querubins brincalhões,

Disputam nos tapas, nos tropeções,

Um coração único que ali figura.

Três daquele, e três deste lado.

Um puxa pela asa o outro pela perna.

Cabo-de-guerra cuja cena terna,

Tem no centro um coração trincado.

Nas quatro paredes do meu peito,

Onde dorme discreta, a privacidade, no seu leito,

Quem fez este friso de significado tão diverso?

Os anjos são emoções? Medito a seu respeito.

No coração há amores? Maldito juramento feito,

A: “De quem eu gosto, nem às paredes confesso”

Drakkar

Vale conhecer e ouvir:

Nem às paredes confesso

Música: Ferrer Trindade, Artur Ribeiro

Letra: Maximiano de Sousa

Intérprete: Amália Rodrigues

Não queiras gostar de mim

Sem que eu te peça,

Nem me dês nada que ao fim

Eu não mereça

Vê se me deitas depois

Culpas no rosto

Eu sou sincera

Porque não quero

Dar-te um desgosto

[refrão:]

De quem eu gosto

nem às paredes confesso

E nem aposto

Que não gosto de ninguém

Podes rogar

Podes chorar

Podes sorrir também

De quem eu gosto

Nem às paredes confesso.

Quem sabe se te esqueci

Ou se te quero

Quem sabe até se é por ti

que eu tanto espero.

Se gosto ou não afinal

Isso é comigo,

Mesmo que penses

Que me convences

Nada te digo.

DRAKKAR
Enviado por DRAKKAR em 27/06/2009
Reeditado em 29/06/2009
Código do texto: T1670172
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