VIAGEM

A chuva cai, a estrada é longa e cansativa;
na direção oeste, estende-se, uma reta.
Seguir assim aumenta a solidão e aviva
a imensidão. A calma encontro. Vou quieta.

Dentro do carro, alheia a tudo, sou passiva;
nem sempre encontro aquela espécie que reflita
a errância traiçoeira, estreita. Sou a diva,
longe da antiga ermida, em tempos de desdita.

O ponto além, no escuro, é interno horizonte,
enquanto o tempo corre, a fuga é para dentro,
(antigo esse segredo ao qual não dou mais chance).


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Antes que uma verdade alheia me confronte,
sai do meu proprio eixo, a estrada que eu adentro;
sentido que me obriga a estar fora de alcance.