Que desmedida! (DE ARÃO FILHO)
Que desmedida!
Que tristeza ver a lua apagada;
O quintal do céu fica tão escuro!
E na minha solidão eu murmuro:
Ah, onde estás ó minha amada?
Olho a rua deserta, varrida ao vento,
Pelas horas noturnas e debeladas,
E corre o meu olhar pelas calçadas;
Nem a lembrança do teu vulto ao relento!
Ai que castigo estar apaixonado nesta vida!
Que alegria eu posso ter se só tenho ferida,
Se só estou contigo quando eu sonho?
Ai que amargura e solidão! Que desmedida!
Por que ainda percorro estas horas perdidas,
Se é resignado este meu coração tristonho?
Arão Filho.
São Luís-Ma, 27/06/52009
Meu amigo e conterrâneo. Quão belo o teu soneto! Me fez lembrar da lua de hoje! Quando chegava da faculdade, olhei para o céu e a vi! Ela parecia uma canoa flutuando no céu com beleza e magia!
Enviado em 26/06/2009 22:09
para o texto: Dói na flor... (T1669225) - Arão Filho
Quando li seu comentário na minha escrivaninha falando da lua, eu fiz este humilde soneto. Não publicarei ainda, pois estou lhe oferecendo como um humilde presente. Um abraço Silvânio.
Seja feliz!.
Meu caro amigo e poeta conterrâneo, eu te agradeço de coração por este presente tão belo. É uma honra e um privilégio receber um presente tão inspirado como este soneto. Obrigado!
Abraços,
Silvanio