Formosa mulher.




Já, Maria menina cruel, me não maltrata
Saber que usas comigo de cautelas,
Que ainda te espero ver , por causa delas ,
Arrependida de ser ingrata.

Com o tempo, que tudo se desbarata,
Na certa teus olhos deixarão de serem estrelas,
Que ainda te espero ver por causas belas,
E as tranças d´ouro converte-se em prata.

Pois se sabes que a sua formosura
Por força há de sofrer da idade os danos,
Por que me negas hoje esta ventura?