LÍNGUA PORTUGUESA
Esta língua que falo e que me exorta
a querê-la constante, e mais e mais,
tem o aval do fascínio que me faz
da musa de Camões bater à porta.
O idioma do Lácio, que me apraz,
recebeu do latim matéria morta
e pôs, numa alquimia, a nau que corta
os mares da cultura de ancestrais.
E esta língua que falo não é bela?!
Mas é nesta linguagem que navego
e donde cavo o pão dos meus poemas.
Da Língua Portuguesa um sentinela
– atalaia –, eu a prezo, já nem nego,
pois das demais arranho só fonemas.
Fort., 26/06/2009.