Carta de Alforria

És Escola de Samba desfilando no meu coração

Num rumo incerto, numa íngreme subida

Num momento de saudade da face querida

Num atoleiro imensurável de emoção

Um sorriso triste marca a insana afeição

Num leque de dores de morte e vida

O eco de tua voz rouca pela brisa regida

Traz o feitiço incandescente laureado de paixão

Vejo o tempo passar alheio, sem cortesia

E meus dias transcorrem como uma novela

Num enigmático musical isento de melodia...

Oh, Shiva, deus hindu, que destrói e renova com ousadia

Levite do fundo do Ganges a chave desta cela

Quero apenas e tão somente... Minha carta de alforria.

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 26/06/2009
Código do texto: T1668893
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