O Anelo Do Poeta
Não quero morrer de sofrer nesta vida
Em canto de quarto, num parto sofrido.
Eu quero que o tempo que vem, pô! Na lida
Me traga o produto de um fruto querido.
Não quero chegar a implorar por um beijo
Pra o meu bem querer, no viver passageiro.
Eu quero que o amor tenha o ardor do desejo,
No átimo certo que aperto-me inteiro.
Parece utopia de dias funéreos
Que o homem não ama ou derrama uma lágrima,
Por sempre viver para ter mais mistérios
em seu tosco mundo – um profundo sem dracma.
E como o poeta tem sisos medonhos
Por tanto almejar o mais doce dos sonhos!
24/06/2009 12h47