Quem sabe um dia
 
Não há como ver a viúva, o órfão abandonado
Fechar ou virar os olhos ficando sem nada dizer
Ver a criança na rua, sem lar, como lixo jogado
E acreditar que isto é normal e nada se pode fazer.
 
Não tem como calar a voz da indignação
Quando se vê jovem cheio de vida estar a morrer
Porque o Estado não cumpre seu papel, sua missão
E achar que isto não tem nada conosco haver.
 
A omissão é o grande mal que possa existir
Pois o silêncio tem sinônimo de concordância
Que faz anular a pressão da mudança.
 
Quem sabe um dia o Homem possa perceber
Que tudo o existe e como existe é por sua ação
E que o bem e o mal está em suas mãos.   
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 24/06/2009
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