EU E A MINHA DOR

Ando tonta tropeçando a procura de alguém,

Alguém que não mais existe! Tanta teimosia

despojada ficou minha alma. Não sou ninguém!

Mal de mim! Se não fosse as minhas poesias

Para levar minhas tristezas nos rabiscos dos versos,

Onde deixo também todo consciente trabalhar.

Eu e a minha dor sem igual somos servos dos servos,

Entramos pela madrugada transbordando lágrimas a debulhar.

Ah, meu moreno! Encantastes para sempre, eu sei!

O tempo vai passando e não leva a minha saudade.

O vento, esse toca nos meus cabelos, e pergunta se chorei;

Joga poeira em meus olhos e sai por aí assoviando

Sem olhar para trás, esquece logo sem pidade

Dessa figura feminina ... qual um vulto amofinado!

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 24/06/2009
Código do texto: T1665693