SONETO DO AMOR QUE CHEGA
Soneto do Amor que Chega
©Lílian Maial
Preciso te contar da longa espera,
Aquela, entre o querer e a realidade:
Oscila o som da brisa – que pondera -
E os ventos do desejo em tempestade.
Foi tanta flor, foi tanta primavera,
Que o próprio outono, em prova de amizade,
Guardou a folha, o vento, e essa procela
De amor de um beija-flor em liberdade.
Nas tendas da paixão deitei cigana,
Enquanto o meu amado não chegava,
Em malhas de carinhos recobertos.
Anseio pela boca mais profana,
Delícias desse amor que não calava,
E grita: - Vem pros meus braços abertos!
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