SAUDADE
SAUDADE
Caminharam, felizes, lado a lado,
Na mesma estrada, sempre dividida:
Ela por ele por demais querida,
Ele por ela, em tudo, devotado.
Saudade. Ela chorou na despedida,
Quando ele foi embora (o ente amado).
E o seu pranto sentido, derramado,
Derramará, por certo, toda vida.
Saudade, dor que punge tanto a gente,
Que maltrata sem dó, indiferente
A quem ficou chorando. E a quem partiu?
P´ra quem se foi, levado pela morte,
Nada mais sente. Teve, eu creio, sorte,
Pois quem ficou, a grande dor sentiu.
SAUDADE
Caminharam, felizes, lado a lado,
Na mesma estrada, sempre dividida:
Ela por ele por demais querida,
Ele por ela, em tudo, devotado.
Saudade. Ela chorou na despedida,
Quando ele foi embora (o ente amado).
E o seu pranto sentido, derramado,
Derramará, por certo, toda vida.
Saudade, dor que punge tanto a gente,
Que maltrata sem dó, indiferente
A quem ficou chorando. E a quem partiu?
P´ra quem se foi, levado pela morte,
Nada mais sente. Teve, eu creio, sorte,
Pois quem ficou, a grande dor sentiu.