PROMESSAS DE SÉTIMO-CÉU

O lampejo do teu olhar deixou o perfume

que a brisa, contudo, tratou de espalhar

e quando teu lindo sorriso veio a lume

foi tão pouco de ti que pude guardar

Nem mesmo teus lábios desenhados de mel

a entreabir-se qual lento broto de flor

e fazendo promessas de sétimo-céu

é parte do pouco que, em mim, de ti ficou

Lembrando o fluir do vulcão repentino

queimando a terra e ardendo em chamas

eis que tu vinhas e já estavas sumindo

Seu rastro, porém, fica, destruidor

tanto quanto ele só causaste dramas

velhas angústias que meu coração guardou

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 24/06/2009
Reeditado em 08/07/2009
Código do texto: T1664256
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