De volta aos teus braços
Serpenteei as pedras da vida como rio caudaloso
O coração tornou-se passarela para os olhos terem cenário
Alguns indiferentes... Outros num medo mudo contagioso
Fiz versos num pedaço de pergaminho imaginário
Caminhei solitária entre nuvens de chuva ácida
Plantei tulipas azuis na revoada quimérica de ilusões
Bailei contigo suavemente, no universo da maré plácida
Ignorando as vicissitudes pontiagudas da paixão.
Convertendo o medo do teu medo em risada a jorrar
Desejei ter-te em noites traiçoeiras, escuras, sem luar
Na sombra de um pé de ipê desprovido de flor...
Apenas por hoje de volta aos teus braços quero estar
Meu destino em tuas mãos sorvendo teu cheiro a sonhar
Na quietude do meu âmago brindando os segredos do amor.