O Cálice
No final da tarde esse olhar distante
Quando toca a sonata bela ao piano
Cuja música é o som do olhar nano
Numa energia tépida a Noite cante.
Nos pingos da chuva na minha face
Sinto o beijo molhado me tocando
Precursora calada provocando
No pulsar do coração o nosso enlace.
Era da criação, em que o poeta cria o verso
No auxílio do termo o verbo disperso
Na supressão da palavra a loucura.
Signo arbitrário no cerne do termo
A linguagem grafia do cálice ermo
De ideias disformes da minha procura.
Agripina