POEMA AQUÉM DA POROSIDADE
Meu olhar queda retrátil
Quando sorvido pelo silêncio
Do pensar largo.
Meu fazer nem graceja:
Seu sorriso é cênico
E sorumbático: tem sabor de Mastruz com Carqueja!
Minha jocosa verve
Chora quando readquire
A tez, o sumo
Do deserto e do cabaço.
Então o poema
Nem sangra, nem mija, nem filma, nem escarra, nem voa,
Nem clama, nem ama, nem brame: viva a serenidade!
Nem irrompe lágrimas e nem é porosidade.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA