PAI
Pai...quantos sonhos acalentados,
Quantas fantasias não vividas,
Os carinhos , os afagos, as carícias preteridas,
O aconchego, os abraços e beijos, nunca realizados!
Pego-me a pensar em ti, assim ao acaso...
Como se a mente, talvez deveras apaixonada, talvez insana ,
Faz sentir-me senhora, deusa, soberana,
Destes devaneios insólitos, às vezes cheios de embaraços!
E num oceano profundo de ilusões primaveris
De uma filha apaixonada, louca e desmesurada,
Vem á tona a esperança que nunca se perdeu
Mesmo aquelas emoções mais sutis
Vejo surgirem assim do nada,
Para despertar em mim o que ainda não morreu!
Pai, para você, com todo meu amor...