Qual Fênix

E, qual Fênix, da cinza eu renasci pro amor,

eu renovei meu corpo e me encantei com o teu,

voltei a me cuidar, dar luz ao imenso breu

que andou me perseguindo e me causando dor.

Qual Fênix, revivi, e amei com mais vigor,

toquei a tua carne, atei teu corpo ao meu,

cantei lindas canções, que nem cantou Romeu,

mas me mantive ativo, ao cultivar a flor

que vi desabrochar num corpo de mulher

que conheci menina e me encantou tardio.

Ao ver-te assim, porém, feliz em outro meio,

eu me detive, e agora, em um lugar qualquer,

eu calo o meu amor, pois vou jogar, ao rio,

longe a sombra do mal, se jamais titubeio.