Mórbida

Meia-noite lacrimal no cemitério

Na catacumba infernal do rei verme

Numa possuída hora o coração preme

O uivo dos zéfiros ronda o mistério.

Domínio sombrio do vil deletério

Na madrugada seva em que Nyx geme

A alteração anatômica que preme

Na amnésia telúrica de um sumério.

Nas terras eivadas jaz o cadáver

Nos ferais restos o riso do crânio

Ossos velhos e nacos de titânio.

Tácito uivo de um flébil carniceiro

Um corte na mão, a sangrar o coveiro

Terra a cavar que teimas a revolver.

Agripina

Agripina
Enviado por Agripina em 22/06/2009
Reeditado em 23/06/2009
Código do texto: T1662125
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