SONETO DO 'STREEP TEASE'

Tão lentamente o sangue ruge a sós

No doce amargo que a mente crepita

Vindo a lutar como animal feroz

Fonte do ser que pulsa e me habita

E o que envolve de magia em nós

É esse teu gesto de mulher perita

Escorregando arredio com a voz

Acarinhando o que ao olhar palpita

Em ares que o encanto acaricie

És digna de um soneto ao erotismo

De um sorriso sério que desafie

Para que triunfes no ineditismo

E teu corpo-fogo me delicie

Qual febre do mistério em exorcismo

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 30/05/2006
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