DECIFRA-ME OU...

Escreves apenas um verso

e nele consigo ver

toda a magia do teu ser.

És como um desvelado universo.

A lua nova do teu corpo é como flama

e no fundo dos teus olhos é que vejo

a maré cheia que em mim derrama

as ondas túmidas, ressalgadas de desejo.

Não hei de encontrar-te nos alfarrábios,

nem procuro nas areias ou nos céus

o amor acetinado dos teus lábios.

Quando versas é tua alma, são teus véus

minha esfinge, que eu consigo revelar;

mas teu amor, esse sim, não sei como decifrar!

Chaplin
Enviado por Chaplin em 17/06/2009
Reeditado em 18/06/2009
Código do texto: T1654096