DECIFRA-ME OU...
Escreves apenas um verso
e nele consigo ver
toda a magia do teu ser.
És como um desvelado universo.
A lua nova do teu corpo é como flama
e no fundo dos teus olhos é que vejo
a maré cheia que em mim derrama
as ondas túmidas, ressalgadas de desejo.
Não hei de encontrar-te nos alfarrábios,
nem procuro nas areias ou nos céus
o amor acetinado dos teus lábios.
Quando versas é tua alma, são teus véus
minha esfinge, que eu consigo revelar;
mas teu amor, esse sim, não sei como decifrar!