FASCÍNIO AO LUAR

Quando será que poderei de novo, olhar
em frente, sem o medo de nunca mais ter,
a ocasião, nesta vida, de poder ver,
teus olhos que me fascinaram ao luar?

Foram tantos sonhos naufragados no mar,
como algo improvável, que não iria nascer,
não acordaria a consciência, pra saber,
como teria sido se ousasse te amar

Impróprio, é agora argüir o condicional,
porque se não acordou pra vida, inexiste,
e, falar a respeito pode pegar mal.

Pensamos sempre que direito nos assiste,
mesmo que tenha acontecido, aqui no virtual,
é difícil, pois a minha alma, não resiste.

Marco Orsi
17.o6.2009