Identidade
Identidade
Quando me disseram que eu era um intruso
E que todas as coisas que eu faço não têm cor,
E que tudo que escrevo e rimo não tem valor,
Fiz-me egoísta! Olhem a cor da tinta que uso:
É azul como o céu que te vestes sem abuso
Tão celeste que não te ofendes, fala-te de amor.
Tão humana como a tua alma que sente dor,
Mas não te afrontas como fizestes, sendo luso.
Eu escrevo diante de todos em plena lealdade.
Não sou clássico, porém, sou um ser que ama!
Não sendo dono da vida, nem da eternidade...
Sou a pronuncia, mal feita, que de mim reclama.
Sem memória, mas, sem ter no cerne a maldade,
Pois o meu nome não sabe nem como se chama!
(Dolandmay)