Iago
No cemitério frio e desolado onde
Jaz a carcaça debaixo da pedra
Morreu Desdêmona e o mal responde
Áspides de uma maldade que ali medra.
Na aloucada sanha de Iago se esconde
A cicuta mortal do conluio engendra
Que a escuridão do aleive responde
Na solidão o desespero que empedra.
Triste suspeita que o amor consumira
Nos laços as asas da desconfiança
Encarcerados no ódio do vil Iago.
Germes da peçonha do triste imago
Na atmosfera hostil da desesperança
Na maldade humana que ali conspira.
HERR DOKTOR