Iago

No cemitério frio e desolado onde

Jaz a carcaça debaixo da pedra

Morreu Desdêmona e o mal responde

Áspides de uma maldade que ali medra.

Na aloucada sanha de Iago se esconde

A cicuta mortal do conluio engendra

Que a escuridão do aleive responde

Na solidão o desespero que empedra.

Triste suspeita que o amor consumira

Nos laços as asas da desconfiança

Encarcerados no ódio do vil Iago.

Germes da peçonha do triste imago

Na atmosfera hostil da desesperança

Na maldade humana que ali conspira.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 15/06/2009
Reeditado em 16/06/2009
Código do texto: T1650356
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