Sombra fatal!

Longe a sombra do mal, se jamais titubeio,
e se a torno refém, controlando meu chão,
sem querer, sem sonhar, ou receber no seio
essa sombra, tão gris, que me abala a razão.

Essa sombra voraz, tenebrosa, receio,
mas se a sinto, também, eu controlo a emoção
pois viver, nada mais, eu desejo e anseio,
esse dom divinal, essa enorme benção.

Dessa sombra do mal, se eu consigo me afasto,
sigo a busca de luz  e procuro por calma,
e prossigo na luta, afastando-a de mim.

Oh! Senhora da Morte e do mundo tão vasto,
chegará o momento e terás a minha alma,
eu, sem forças, irei, me entregarei, enfim.


Edir Pina de Barros
15 de junho de 2009
13:45

Oficina de Criações Coletivas Soneto
Construir novo soneto alexandrino a partir do último verso do soneto anterior

(Longe a sombra do mal, se jamais titubeio , Paulo Camelo)
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/06/2009
Reeditado em 18/07/2020
Código do texto: T1650067
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.