QUERER E NÃO PODER

Assistimos sede e fome
todo dia, à nossa frente,
de gente que não tem nome,
sequer tem nome de gente!

Ardente crack os consome.
Consome-os a aguardente.
Ocultos no codinome,
vão morrendo lentamente...

Vendo do mundo a maldade,
da vida a necessidade
pretendemos resolver.

Sensação de invalidade
no conflito da vontade
do querer e não poder.

Odir, de passagem