DEPOIS DA NOITE, SEMPRE SURGE O DIA
Ouço os gritos da voz calada da noite
Um manto negro abraça-me num açoite
A brisa fria acaricia meu corpo
Estou inerte, como morto
Num andar trôpego uma voz me guia
É o lado negro fazendo companhia
A outra voz clama mostrando o lado bom
É a minha consciência equilibrando o tom
Num desvario vejo o passado passar
E sei que no presente preciso optar
Para que no futuro fruto eu colha
Toda decisão exige uma escolha
Após a escolha, algo se renuncia
E após a noite, sempre surge o dia