POETA
             PARCEIRO DA MADRUGADA


Nas noites silentes, vai caminhando,
na madrugada ele ri, sofre e resiste,
perde a noção do perigo, que existe
ao redor dos que vivem sonhando.
 
Por que será, que as madrugadas
seduzem o poeta para cantar?
A lua, as estrelas, as ondas do mar,
bem como o ar das flores orvalhadas.
 
Sem esquecer do amor ou dor de amor,
habitam todos n’alma de um poeta.
Emergem do calor do leito morno.
 
E ao cobrirem a terra em delicada cor,
poetas riscam textos, é sua meta...
Ecoam na madrugada como adorno.

                                     Participação do Poeta KNZ

 
SINA

No eterno dilema nasce a poesia,
que compõe o poeta pela madrugada.
Na noite que é cinzenta ou estrelada,
seja enorme o pranto, enorme a alegria.

Pode ser amor que canta o poema,
ou desilusão no verso que tece.
E na noite sombria que envelhece,
numa ou noutra, vive a dor extrema.

Curiosa e estranha esta sina, sublime,
que torna o artista, um ser abençoado
nesta arte, que ele jamais reprime.

Poesia acabada, poeta alucinado
e que ninguém dele se aproxime:
sonha o herói em dormir abandonado.
                               
                                    
KNZ
                        Magé - Rio de Janeiro 
                               14/06/09
Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 13/06/2009
Reeditado em 14/06/2009
Código do texto: T1646930
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