Espelho

Eu, pobre e perdida andeja,
deste mundo de meu Deus,
tive a sorte, benfazeja,
de encontrar os olhos meus.

Parar e olhar-me no espelho,
matar saudades de mim,
ouvir meu próprio conselho,
repensar, também, o fim.

Recuperar autoestima,
capacidade de amar,
do modo certo e preciso.

Minha alma, enfim, já se anima
e, dentro em mim, vai buscar
o lado bom de Narciso.
 
Cuiabá, 13 de Junho de 2009.

Livro: REALEJO, p. 39


 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 13/06/2009
Reeditado em 25/07/2020
Código do texto: T1646801
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