A CASA
Quando chego naquele imenso casarão
E vejo a vida amofinada, paralisada,
Sinto saudades e me vem a depressão
As coisas de minha mãe amontoadas.
Ninguém, Deus meu, para cuidar do casarão!
Mãos estranhas e muito desajeitadas
Fingem cuidar, mas não cuidam não;
Desrespeitam o que já foram respeitadas.
Aquela casa que um dia minha mãe cuidou
Está sem calor, está sem vida,
Dentro dela apenas moram lembranças.
Aquela casa que minha mãe tanto amou
Já não é para mim tão linda e querida,
Perdeu-se junto as minhas esperanças.