A CASA

Quando chego naquele imenso casarão

E vejo a vida amofinada, paralisada,

Sinto saudades e me vem a depressão

As coisas de minha mãe amontoadas.

Ninguém, Deus meu, para cuidar do casarão!

Mãos estranhas e muito desajeitadas

Fingem cuidar, mas não cuidam não;

Desrespeitam o que já foram respeitadas.

Aquela casa que um dia minha mãe cuidou

Está sem calor, está sem vida,

Dentro dela apenas moram lembranças.

Aquela casa que minha mãe tanto amou

Já não é para mim tão linda e querida,

Perdeu-se junto as minhas esperanças.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 12/06/2009
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