O destino não é pra ser aceito

O destino não é pra ser aceito,

Sem a luta do ser que arisca tudo,

Se morrer, ele extingue em ato agudo,

Existir real, único e perfeito.

Sendo vida concreta o seu direito,

Que só existe no agora e aqui sisudo,

Vem estar neste mundo sem ser mudo,

Vem a crer na palavra com proveito.

E viver sabe a arte incomparável

De uns poucos artistas populares,

Dedicados a gente como a gente.

Que sabem que no mundo de pesares

Muitos são os momentos inclementes,

E que é, pois, melhor mostrar-se amável.