Duas janelas, duas pessoas

Sinto falta de uma pequena morena

Tão menina, tão mulher

Doce, delicada e serena

Só se deixa ver quando quer

O lugar onde ela mora, não fica tão longe daqui

Da sua casa, em meia hora avistamos o mar

Na beira de uma Serra, e com o calor que faz aqui

Ah, como deve ser bom por lá morar

Uma rodovia se ver de sua janela

Carros, ônibus e caminhões passam

Sentada, os observa passarem por ela

Com tudo isso que ela tem, o que será que ela está sentindo

Nesse momento aqui fico eu pensando

Será que ela está chorando ou está sorrindo?

Não sei se ela ainda sente, falta de alguém

Tão homem, tão menino, tão triste e sozinho

Mas que de vez em quando ela o trata com desdém

E às vezes sente falta, é de um pequeno carinho

Onde eu moro, da casa dela não é tão longe de chegar

Daqui também vejo uma Serra, mas não é a do Mar, e sim o da Cantareira

E assim como lá, aqui também é bom de morar

De vez em quando pego uma laranja e sento embaixo de uma amoreira

Da minha janela apenas escuto, não posso ver a rodovia

Os carros, ônibus e caminhões passam,

Misturados a cantos de pássaros, que me enchem de alegria

Com tudo isso que eu tenho, fico muitas vezes a me perguntar

Neste momento não sei se ela está pensando, o que eu estou sentido

Será que devo voltar a sorrir ou continuar a chorar?

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 11/06/2009
Código do texto: T1644334
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